V
5 de março de 2011 (parte 1)
Giovanna: Estão mesmo lá
fora!
Deixou o telemóvel cair
e saiu a correr para a rua. Seguimo-la a grande velocidade. Estava bastante
chuva, o que não a impediu de se colocar no meio da rua e começar a gritar.
Giovanna: O que queres
que eu faça para nos deixares em paz! Ou então deixa a Carrie! Por favor! Que
fizemos nós?!
Corri até ela e
tapei-lhe a boca para que ela não conseguisse dizer mais nada.
Tânia: Que estás a
fazer? (fui tirando a mão da sua boca lentamente)
Giovanna: Eles estão-nos
a ver! (voltou a gritar) Eu faço o que quiserem!!
Vicky: Trá-la para
dentro!
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Tânia: Vê, ali à frente!
Vicky: É alguém!
Tânia: Vamos buscar a
Gio!
Pegámos nela e arrastamo-la
dificilmente para casa.
Giovanna: Porque é que
não me deixaram ficar lá fora… Eles estavam lá, tenho a certeza… (suspirou e
deixou-se cair no degrau das escadas)
Tânia: Porque estavam
mesmo lá fora!
Levantou-se de repente e
ficou com cara de espanto e de medo.
Giovanna: Estavam?
Vicky: Não sabemos…
Podiam ser crianças a brincar…
Naquele momento olhámos
para a Vicky e descontraímos por um bocado.
Tânia: Achas? Com esta
chuva duvido muito que andem crianças a brincar na rua…
Rimo-nos um pouco, mas
logo a seguir veio outra vez as preocupações e o medo de quem poderia estar lá
fora e se ainda estavam a observar-nos.
Vicky: Não acham que é
melhor avisar alguém que estamos a ser perseguidas?
Giovanna: E o que
dizemos Vicky? Quem nos andam a ameaçar pelo o que fizemos à uns anos? Ainda
nos culpam a nós!
Vicky: Mas já sabemos
que ela está bem…
Giovanna: Mesmo assim.
Não nos podemos esquecer do que aconteceu à Tânia. Nem sabemos se é por causa
disso que nos andam a ameaçar.
Tânia: Meninas, já é
tarde. Vamos ver se comemos alguma coisa e descansamos. Amanhã levantamo-nos
cedo e falamos com a malta sobre a ideia de ir ao lago junto à casa da mãe da
Vicky e do Danny e, vamos levar isto com calma.
Todas concordaram.
Comemos e fomo-nos deitar.
***
Acordei novamente em
pânico a meio da noite. A Vicky estava a dormir comigo e acordou com a minha
agitação.
Vicky: Estás bem?
Tânia: Ah, sim. Ando a
ter uns sonhos estranhos…
Vicky: Então?
Tânia: Não sei bem.
Acordo sempre com a imagem de uma criança muito bonita, mas não a conheço…
Vicky: Não se preocupes,
são só sonhos. Volta a dormir.
Tentei relaxar e deitei
a minha cabeça sobre a almofada a tentar esquecer a pequena cara da criança dos
meus sonhos.
Fui a primeira a acordar
no outro dia. Levantei-me e comecei a chama-las.
Tânia: Meninas, andem,
acordem.
Fui-lhes tocando nos
braços e nas pernas à medida que me ia afastando da cama para sair do quarto.
Tânia: Estou lá em baixo
à vossa espera.
Desci as escadas e fui
até à sala onde me sentei à “chinesa” no sofá e liguei a televisão. Fiz zapping
durante alguns segundos e só depois me lembrei de ir avisando os rapazes para a
ida ao lago. Peguei no telemóvel e mandei uma mensagem a todos.
PARA: Danny; Harry; Tom
MENSAGEM: Olá! Espero que hoje os McFly
não tenham nada para fazer que eu quero vocês todos em casa da minha tia para
um dia no lago! Não digam que não, por favor. Confirmem e encontramo-nos lá
antes da hora de almoço. Beijos. P.S: Avisem as vossas miúdas. (:
Passado pouco tempo
obtive resposta de todos, menos a confirmação da “miúda” do Danny. Resolvi
tentar ligar novamente à Georgia. O telemóvel chamou durante pouco tempo, a
chamada foi cancelada. Naquele momento a preocupação que estava a ter por ela
deu lugar a raiva, raiva pela atitude dela, raiva por fazer o meu primo sofrer
e raiva por desistir sem pensar que nós todas também sofremos.
Giovanna: Bom dia!
Tânia: Bom dia meninas.
Já avisei os rapazes, eles vão. Vamos andando e tomamos o pequeno-almoço pelo
caminho.
Vicky: Sim, por mim tudo
bem.
Giovanna: Falas-te com a
Georgia?
Tânia: Tentei, mas a
chamada foi cancelada.

Assim que chegámos
ficámos logo surpresos com a presença do Danny junto ao portão com o seu pai ao
lado. Como sempre fomos recebidos com mil beijos e abraços da minha tia.
Kathy: Meus queridos,
têm de me desculpar, mas não vou conseguir arranjar almoço. Estou muito
atrasada. Peço imensas desculpas! Eu empresto-vos dinheiros e vocês vão almoçar
ou pedem que vos tragam comer do novo restaurante chinês… Pode ser?
Tânia: Claro que sim
tia! E não te preocupes com o dinheiro! (pisquei-lhe o olho e rodei o corpo em
direção à malta) Como é, comida chinesa à “beira lago”?!
Todos: Pode ser!
Dirigi-me para longe do
grupo onde se instalou uma grande confusão, peguei no telemóvel pronta a
encomendar a comida. Notei que tinha uma mensagem e rapidamente abri-a. Era uma
notificação de que o telemóvel da Georgia já estava disponível. Chamei as
raparigas e coloquei a chamada em alta voz.
Tânia: Georgia?!
Outro: “Não. Quem fala?”
Tânia: É a Tânia. Como
tem o telemóvel da Georgia?
Outra: “Essa rapariga
vendeu-me o telemóvel e esqueceu-se do cartão, já lhe tentei devolver mas ela
não quis… e agora desculpe mas tenho de desligar. Tenha um bom dia.”
A chamada foi cancelada
e ficámos ali especadas sem dizer nada. Acompanhado com a nossa surpresa do
outro lado da chamada apareceu o Danny.
Danny: Vocês já sabem
alguma coisa da Georgia?
Tânia: Não! (respondi rapidamente)
Trocámos uns olhares
frios, parecia que as raparigas queriam contar a verdade, mas não era capaz de
fazer ao Danny, mas também custava-me muito mentir-lhe.
Tânia: Danny, depois
fala-mos ok?! Vou encomendar a comida.
Danny: Ok. (foi-se
afastando de nós e juntou-se ao resto dos rapazes)
Giovanna: Tânia!!
Tânia: Que foi?
Giovanna: Não lhe devias
ter mentido!
Tânia: Que querias que
dissesse?
Izzy: A verdade…
Tânia: Eu falo logo com
ele, com mais calma e sem a vossa pressão sobre mim! Vamos preparando as coisas
para almoçar.
Pegámos nas coisas e
levámos para junto do lago onde íamos almoçar. Assim que acabámos de pôr a mesa
chegou a minha tia carregada de sacos do restaurante chinês, instalámo-nos e
almoçamos com a companhia de grandes gargalhadas, expecto pela parte do Danny.
Tânia: Eu abro o
primeiro!
Peguei no bolo e fui
abrindo-o para, ver a minha “sorte”. À medida que ia partindo o bolo sentia as
migalhes por entre os meus dedos fazendo comichão, finalmente abri-o e
desenrolei a mensagem. O sorriso com que eu estava a partir o bolo rapidamente
desapareceu quando li a mensagem. Mesmo à minha frente, em papel e na comida
tinha uma mensagem do/a “SSS”.
Tânia *
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